Morador de Cabo Frio denuncia que escola estaria sem aula por contaminação da água

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Um vídeo publicado pelo Instagram do Notícias Cabo Frio nessa quarta-feira, 13, trouxe à tona o caso da Escola Municipal Professora Ciléa Maria Barreto, no bairro Jardim Peró, em Cabo Frio, que estaria sem aulas desde o dia 25 de outubro.

No vídeo, enviado por seguidor da página, o morador do bairro denuncia que a escola estaria sem aulas há 1 mês devido à contaminação da água de esgoto com a água que as crianças beberam, causando internações e infecções, e o fechamento da unidade escolar por falta de infraestrutura.

Conforme publicado pela nossa reportagem no final de outubro, o caso teria acontecido na tarde de uma sexta-feira (25), quando pelo menos 7 crianças teriam passado mal e sido encaminhadas ao Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos, no bairro Jardim Esperança, provocando a suspensão das aulas da unidade.

O caso foi relatado pela própria prefeitura, que informou que, após o atendimento na unidade hospitalar, localizada há 1,8 quilômetros (km) da escola, as crianças teriam apresentado estados estáveis e estariam fora de perigo.

Questionada sobre a qualidade da água da escola na segunda-feira, 28 de outubro, a Prolagos, concessionária dos serviços de abastecimento de água e saneamento do município, negou que houvesse qualquer contaminação na água entregue à escola.

“A concessionária informa que está em contato com o município e que foi acionada para coletar amostras no local na manhã de sexta-feira (25), onde foi constatado que todos os parâmetros de qualidade até a chegada no hidrômetro estão dentro da normalidade. A empresa reforça que a qualidade da água fornecida pela concessionária é monitorada 24 horas por dia e atende a todos os parâmetros de qualidade exigidos pelo Ministério da Saúde. A Prolagos realiza uma rotina de controle da qualidade que inclui coletas diárias em pontos estratégicos e análises laboratoriais da água em diversas partes do sistema de abastecimento, que totalizam mais de quatro mil exames mensais. É importante ressaltar que cada cliente precisa realizar a limpeza de suas cisternas e/ou caixas d’água a cada seis meses a fim de garantir os benefícios da água tratada para a saúde, além de mantê-las fechadas e protegidas”, explicou a Prolagos.

Também procurada pela nossa reportagem na manhã do dia 28 de outubro, a Prefeitura de Cabo Frio não respondeu às perguntas, preferindo se manter e silêncio sobre a responsabilidade na limpeza das cisternas da escola, ou sobre as possíveis causas do mal estar das crianças, como a merenda escolar, como ponderava uma mensagem da direção da escola em um grupo de WhatsApp.

“Informamos que, por ordem da Secretaria de Educação, a unidade escolar estará fechada até que os resultados das amostras da água e dos alimentos servidos estejam prontos. Os responsáveis que os alunos estiveram na escola já estão autorizados a buscá-los”, dizia a mensagem enviada pouco depois das 14h, e que foi vazada pela imprensa local.

Depois das denúncias do morador do Jardim Peró, nessa quarta-feira, a reportagem entrou novamente em contato com a Prolagos, que reiterou, praticamente repetindo textualmente, as informações divulgadas no final de outubro, revelando que enviará uma equipe ao local novamente para analisar a denúncia.

“A qualidade da água fornecida pela concessionária é monitorada 24 horas e atende a todos os parâmetros de qualidade exigidos pelo Ministério da Saúde. A empresa reforça que realiza uma rotina de controle da qualidade que inclui coletas diárias em pontos estratégicos e análises laboratoriais da água em diversas partes do sistema de abastecimento, que totalizam mais de quatro mil exames mensais. Para manter a qualidade da água fornecida pela Prolagos, os clientes devem realizar a limpeza de suas cisternas e/ou caixas d’água a cada 6 meses, além de mantê-las fechadas e protegidas. Uma equipe será encaminhada ao local para vistoriar o imóvel e realizar a análise da água”, respondeu a Prolagos, nessa quarta-feira, 13, enquanto.

Questionada novamente pela nossa reportagem nessa quinta-feira, 14, a Prefeitura de Cabo Frio ainda não havia respondido sobre o caso até o momento da publicação dessa matéria.

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