A Feira Literária Internacional de Maricá (FLIM) teve mais um dia de programação variada nessa segunda-feira, 8, com a presença de grandes nomes da literatura, música e outras artes, com destaque para o rapper Projota e o ator, escritor e roteirista, Hélio de La Peña.

No 4º dia de eventos dessa 10ª edição, a FLIM, que tem o tema “Escrevivências”, recebeu atividades para todos os públicos, infantil, juvenil e adulto, promovendo debates sobre sociedade, cultura popular e arte.

Na tenda principal, o “Papo FLIM” abriu a programação pela manhã, com uma mesa de conversa sobre “Inovação e Empreendimento na Universidade”, com a presença da diretora-geral e do professor e coordenador do campus de Maricá da Universidade de Vassouras (Univassouras), Denize Cardim e Diego Rivas.

Mediada pelo secretário de Educação de Maricá, Rodrigo Moura, o evento debateu a importância de políticas públicas voltadas para ampliar o acesso da população à inovação e empreendedorismo presentes no meio acadêmico, como o programa municipal do Passaporte Universitário.

“O Passaporte Universitário democratiza o ensino superior, historicamente elitista, e abre portas para jovens e adultos que antes não tinham acesso. Ao oferecermos educação superior, entregamos caminhos de emancipação e oportunidades para que cada estudante transforme sua realidade”, afirmou a diretora-geral do campus da Univassouras em Maricá, Denize Cardim, que também é embaixadora da FLIM.

Trazendo um esquete sobre os desafios da vida adolescente, Hélio de La Peña comandou a programação da tarde no “Papo FLIM”, reforçando a importância de investimentos em uma educação pública de qualidade e inclusiva.

“Ter uma educação pública de qualidade é muito importante para as crianças e jovens. Promover uma festa com bastante cultura e literatura acessível é transformador para as nossas futuras gerações”, comentou Hélio de La Peña.

Na sequência, foi a vez de Denize Cardim mediar uma roda de conversa sobre os “Mães Atípicas”, debatendo temas como adaptação curricular das escolas, preconceito e neuroeducação, além dos desafios de pais, mães e responsáveis por crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O encontro teve a participação ainda do psicólogo e ex-participante do reality show global Big Brother Brasil (BBB), Diogo Almeida, da professora e mãe atípica, Rejane Macedo, e da também professora Rosana Mendes.

“É fundamental trazer o debate sobre mães e responsáveis de atípicos. Em um país onde mais de 70% dos homens abandonam o lar quando descobrem que o filho ou filha é autista, as mães possuem um trabalho enorme para cuidar e, em diversos casos, trabalhar fora. É uma conversa que devemos enaltecer as mães e cobrar dos pais um cuidado e apoio”, lembrou Diogo Almeida.

Fechando a programação do “Papo FLIM”, a tenda principal recebeu 1ª mesa internacional da FLIM, mediada pelo professor doutor em filosofia José Castilho, que discutiu o tema “Livros, Literatura e Futuro”.

O encontro teve a participação do escritor Henrique Rodrigues e do professor de inovação e empreendedorismo da Pontificia Universidad Catolica de Chile, o chileno Sebastián Concha, promovendo análises e interpretações de contos da literatura brasileira e internacional, além de compartilhar experiências acadêmicas.

O dia contou ainda com eventos na tenda “FLIM Jovem”, com palestra, roda de conversa, debate, e roda de capoeira, e na Flimzinha, voltada para o público infantil, que recebeu apresentações artísticas e culturais, além de pintura facial, e espetáculo literário.    

Foto: Thamyris Mello