Jazz, blues e brasilidade: festival internacional movimenta o Beco das Artes em Macaé
Macaé entra no clima do inverno com muito estilo ao receber o Festival Internacional de Jazz & Blues 2025, um evento que celebra a música em sua forma mais plural e envolvente. A programação começa na sexta-feira (11) e segue até domingo (13), no charmoso Beco das Artes, na Praia do Pecado, reunindo artistas locais, nacionais e internacionais em uma verdadeira imersão musical, acompanhada de gastronomia, cervejas artesanais e boa companhia.
A abertura do festival será marcada por uma homenagem emocionante à cantora argentina Mercedes Sosa, com o espetáculo “A Voz dos Sem Voz”, protagonizado pela hondurenha Indiana Nomma. Reconhecida oficialmente pelo governo da Argentina e pela família de Mercedes como representante de seu legado, Nomma apresenta o show em formato voz e violão, ao lado do músico André Pinto Siqueira, interpretando clássicos que eternizaram a artista.
Com uma programação que passeia por diversas vertentes musicais, o festival promete agradar todos os gostos. A organizadora do evento, Agnes Williams, destaca:
“As pessoas irão curtir todas as vertentes do jazz e do blues, passando pelo soul, R&B, bossa nova, MPB, groove, folk, rock e releituras que misturam brasilidade.”
Representando Macaé, o palco recebe a cantora Kynnie, com um tributo a Stevie Wonder, e o Quarteto Caê, que mistura jazz, improviso e identidade brasileira em suas composições. De Campos dos Goytacazes, o grupo JazzB leva ao público a essência do jazz como expressão de liberdade e resistência cultural.
Do Rio de Janeiro, o destaque vai para a cantora Becca Perret, que mescla MPB, groove, bossa e soul com influências do jazz americano, além da banda Mokambo, com forte presença do folk, rock e blues. São Paulo também marca presença com o cantor e compositor Rodrigo Belloni, que traz repertório autoral e releituras dos anos 1970, embaladas pelo blues e soul.
A programação internacional inclui a poderosa voz da norte-americana JJ Thames, com um repertório de R&B e soul, o consagrado Slam Allen, bluesman e ex-integrante da lendária James Cotton Band, e a sul-coreana Yumi Park, que promete emocionar o público com sua interpretação intensa de clássicos da bossa nova.
Durante os três dias de evento, a DJ Jéssica Ribeiro abre as noites e comanda os intervalos com sets que transitam entre o soul, jazz e ritmos afro-brasileiros, garantindo uma trilha sonora envolvente do início ao fim.
Agnes destaca que, além dos shows, o público pode esperar uma experiência completa. “O evento conta com feira de economia criativa, gastronomia diversificada, incluindo pratos típicos da região, cafés especiais, doces artesanais e bar central, com cervejas artesanais e drinks. Tudo pensado para harmonizar com a vibe do Jazz & Blues.”
O espaço conta com área reservada para PCDs, gestantes e pessoas com mais de 60 anos, além de banheiro acessível e cadeiras.
A parceria entre a Prefeitura Municipal de Macaé e a iniciativa privada para a realização do evento demonstra a importância da colaboração para o desenvolvimento cultural e econômico da cidade.
“Ver o Festival de Jazz e Blues Macaé consolidado no calendário da cidade representa o reconhecimento da cultura e do turismo como pilares importantes do desenvolvimento local. O festival não apenas atrai visitantes e movimenta a economia, mas também fortalece a identidade cultural da região, promovendo a diversidade e fomentando a criatividade”, ela ressalta.
O que torna o festival especial não é só o que se ouve, mas o que se compartilha. “A atmosfera é acolhedora e propícia para a interação entre os amantes da música e a troca de experiências”, conta Agnes. Ao final, o público sai com a memória de um fim de semana bem vivido e o coração aquecido.